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segunda-feira, 24 de junho de 2013

Meu primeiro beijo

                                                       Situação de Aprendizagem
 
Texto: Meu primeiro beijo

Autor: Antônio Barreto

Série: 8º ano.

Objetivos: 
  • Desenvolver a competência leitora;
  • Ativar o conhecimento prévio do aluno;
  • Desenvolver a capacidade de compreensão;
  • Ativar conhecimentos de mundo.
 
Duração: 6 aulas.

Antes da leitura: 
  • Apresentar aos alunos trechos do filme "Meu primeiro amor";
  • Apresentar a música "Flor do Reggae" de Ivete Sangalo em uma montagem com cenas de beijos que ficaram famosos;
  • Curiosidade: Falar sobre O dia do Beijo, que é celebrado em 14/04;
  • Apresentar trecho do filme do filme "A Dama e o Vagabundo" (no momento em que compartilham o macarrão) e questionar qual a relação da ação da cena com glicose e metabolismo.
  •  Por fim perguntar à turma: Qual será o assunto do texto a ser trabalhado?
 
Durante a leitura: 
  • Leitura silenciosa;
  • Leitura compartilhada;
  • Palavras-chave;
  • Uso do dicionário.

Depois da leitura: 
  • Roda de conversa;
  • Dramatização do texto em grupos;
  • Produção de Varal de Receita com o tema: Beijinho Bom.
 
 
 
 

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Situação de aprendizagem: 

"Meu primeiro beijo" - Antonio Barreto

Público alvo:  8º ou 9º ano
Aulas: 6
Objetivos: conduzir o aluno a refletir sobre o gênero crônica em razão de suas características de função, conteúdo, organização e estilo;
                viabilizar o estabelecimento de relações entre os gêneros textuais diversos e a sociedade que está ao redor do estudante, considerando o contexto sócio histórico do gênero estudado;

Proposta:
  • Antes da apresentação da crônica, será representado aos alunos imagens de grandes artistas de cinema em cenas que exploram o ato de beijar;
  • Em seguida, será apresentado o título da crônica, que fará com que estimule o conhecimento prévio do aluno a respeito do ato em si e a relação com as imagens;
  • A partir dessa pequena discussão, é importante fazer questionamentos que explorem e agucem os sentidos dos alunos, incentivando o interesse pela leitura do texto.
  • Ao finalizar a discussão, apresenta-se a biografia do autor e o contexto histórico em que a crônica foi criada;
  • Leitura em voz alta pelo professor;
  • Durante a leitura explorar os sentimentos que envolvem o primeiro beijo, a beleza da adolescência e a descoberta de novas sensações, questionamentos a respeito do conto, identificação de palavras-chaves, anotar palavras desconhecidas etc;
  • Interpretação da crônica e uso do dicionário para palavras desconhecidas;
  • Depois da análise mais profunda da crônica, explorar as questões que envolvem a estrutura do gênero estudado, com questionamentos que propiciem aos alunos chegarem a um "denominador comum", a fim de produzirem em conjunto uma ficha textual sobre o gênero, suas características, autor etc.
  • Pedir aos alunos que façam um relato pessoal (escrito ou oralmente), como produto final da crônica;

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Pausa - Moacyr Scliar - Situação de Aprendizagem

Objetivo: “Preparar os jovens para uma leitura cidadã.” Roxane Rojo
Séries:  8º ou 9º ano
Quantidade de aulas: 4 aulas
Antes da Leitura: Mostrar a imagem (símbolo) da pausa, associar com o conhecimento de mundo deles, investigar sobre o título (fazendo questionamento) para provocar curiosidade, pesquisar biografia do autor vida e obra e estudar o estilo de escrita do autor.
Durante a Leitura: Leitura Compartilhada, apresentando em parágrafo no Power Point, anotar as palavras desconhecidas, pausar a leitura no 12º parágrafo, para levantamento de hipóteses e retomar a leitura para apresentar o desfecho do texto negação ou confirmação da hipóteses levantadas.
Depois da leitura: Pesquisar o significado das palavras no dicionário, compreensão do tema, estudo do gênero apontando os elementos dentro do texto, pesquisar e fazer leitura de crônicas com final inusitado e socialização das crônicas pesquisadas.

domingo, 16 de junho de 2013

Avestruz - Situação de Aprendizagem

No curso presencial, meu grupo trabalhou o texto "Avestruz", de Mário Prata. Primeiramente, após lermos "Progressão, Sequência e Gêneros" elaboramos como poderíamos trabalhar este texto em sala de aula. Utilizaríamos a sequência didática, sequência de módulos de ensino para melhorarmos nossa prática. Trabalhar com gêneros textuais é indispensável, pois estudamos a situação de linguagem. Para se ler uma crônica, por exemplo, devemos perceber todas as suas dimensões: estrutura comunicativa, suas configurações específicas e seus conteúdos.
Série: 6ª série – Aulas: 05 aulas
Objetivos: Desenvolver as capacidades de leitura, de decodificação e de compreensão. Ativar conhecimentos de mundo; checar hipóteses, localizar informações, fazer generalizações, produzir inferências locais e globais; desenvolver as capacidades de apreciação (interação), definir as metas de atividades de leitura; percepção de relações de intertextualidade temática e discursiva.
Primeiro, antes de ler o texto em voz alta para os alunos, perguntar o que eles sabem sobre avestruz (como vive, como se alimenta, por que é comercializado, etc.). Aguardar a participação da sala de aula no processo comunicativo.
Após a leitura, gerar um debate sobre toda a situação passada pelo narrador e por sua experiência com o avestruz. Produzir questionamentos: E se o avestruz ficasse no apartamento?
Assistir alguns desenhos animados, para analisar como o avestruz é representado em nossa sociedade, características reais ou exageradas.
Apresentar o escritor da crônica. Sua maneira de escrever e a escolha de seus temas.
Aplicar o conteúdo sistêmico sobre características da Crônica.
Propor uma produção textual com finais diferentes do texto.
Nessa sequência didática é importante observar a escolha do gênero, esclarecer os objetivos e permitir intervenções dos alunos.
Nesse trabalho focamos a aprendizagem incidental, na realização da ação, e aprendizagem intencional. Vygotsky afirma que a cooperação social é o fator determinante das transformações e dos progressos que ocorrem.

sábado, 8 de junho de 2013

Eu sou...



Oie! Meu nome é Débora Hott, tenho 26 anos. Leciono desde 2011 na rede estadual de ensino na cidade de São José dos Campos. Amo ler, viajar, ir ao cinema e ouvir boas músicas. Minha família é muito importante para mim, pois foram eles que me ajudaram sempre, principalmente na formação da minha carreira. Espero que gostem do nosso blog e obrigada pela visita!


quinta-feira, 6 de junho de 2013

Quem sou...

Olá! Meu nome é Ellen Gianini, tenho 39 anos e tenho uma grande riqueza: meu filho Ramon!Leciono desde 1997 na rede pública e particular. Já lecionei em Jacareí, Campinas e São José dos Campos. Adoro ler, lecionar e ouvir histórias. Ouvir música e viajar. Tive ótimos pais, que me ensinaram muitas coisas e que sempre me apoiaram nos momentos mais difíceis. Meus pais são os meus grandes companheiros e minha referência em todas as áreas de minha vida.Com meu pai aprendi ler, brincar,dançar,nadar,amar filmes e música, aprendi olhar e observar. Com minha mãe aprendi ser forte. Com meu filho aprendi e aprendo ser uma pessoa melhor, responsável e feliz. Obrigada a todos que visitaram nosso blog!

quarta-feira, 5 de junho de 2013


O meu pomar

Se  eu tivesse um pomar, um pequeno pomar que fosse, não lhe poria grades à roda,
como os outros proprietários. Não poria, a guardá-lo, um desses cães enormes,
rancorosos, que andam sempre rondando os pomares ...
O meu pomar seria assim: toda aberto, para todos.  E, quando o outono chegasse e
as árvores ficassem cheias de frutos amarelos e vermelhos, nenhum pobrezinho teria
fome, nenhuma criança choraria de sede, passando pelo meu pomar ...
E, no inverno, ainda haveria lá onde alguém se abrigasse, quando chovesse muito ou
fizesse muito frio ...
Se eu tivesse um pomar, ele estaria sempre em festa, cheio de borboletas e de
pássaros ...
Como eu seria feliz, se tivesse um pomar !
.
 Cecília Meireles

Barba Mercedes  -  A figueira e as crianças

O meu sabor da leitura

Olá, pessoal! Meu nome é Letícia, tenho 35 anos, sou casada e mãe de três filhos. Estudei Letras (Português/Espanhol) na Univap/SJC e estou na rede estadual de ensino de São Paulo há 12 anos. Adoro ler, conversar, viajar e curtir a família... A leitura e seus sabores sempre estiveram presentes em minha vida. Na infância os contos de fadas e os gibis eram os meus preferidos. Lembro-me quando fui presenteada por meus pais com uma assinatura dos gibis da e Turma da Mônica e esperava ansiosa a chegada nos almanaques no meio da semana. Mônica e Chico Bento eram (e ainda são) os meus preferidos. Outra recordação que tenho é de um livro que ganhei assim que fui alfabetizada:Letícia, que acordava o Sol, de Anna Tousouzova. Guardei o exemplar por anos, mas em uma de minhas mudanças ele resolveu se esconder em alguma caixa... Até que resolva aparecer, está guardado na memória... Na adolescência devorava as revistas e publicações próprias para a idade e hoje mantenho um carinho enorme pela leitura... Não há uma preferência, leio de tudo, de bula de remédios a best sellers... Desejo que este blog seja um espaço de degustação de diferentes sabores de leitura... Sejam bem-vindos!



Um pouquinho de um ótimo, sutil e belo escritor: Mario Quintana

Mario de Miranda Quintana (Alegrete, 30 de julho de 1906 — Porto Alegre, 5 de maio de 1994) foi um poetatradutor e jornalista brasileiro.
Mario Quintana fez as primeiras letras em sua cidade natal, mudando-se em 1919 para Porto Alegre, onde estudou no Colégio Militar, publicando ali suas primeiras produções literárias. Trabalhou para a Editora Globo e depois na farmácia paterna. Considerado o "poeta das coisas simples", com um estilo marcado pela ironia, pela profundidade e pela perfeição técnica, ele trabalhou como jornalista quase toda a sua vida. Traduziu mais de cento e trinta obras da literatura universal, entre elas Em Busca do Tempo Perdido de Marcel ProustMrs Dalloway de Virginia Woolf, e Palavras e Sangue, de Giovanni Papini.
Em 1953, Quintana trabalhou no jornal Correio do Povo, como colunista da página de cultura, que saía aos sábados, e em 1977 saiu do jornal. Em 1940, ele lançou o seu primeiro livro de poesias, A Rua dos Cataventos, iniciando a sua carreira de poeta, escritor e autor infantil. Em 1966, foi publicada a sua Antologia Poética, com sessenta poemas, organizada por Rubem Braga e Paulo Mendes Campos, e lançada para comemorar seus sessenta anos de idade, sendo por esta razão o poeta saudado na Academia Brasileira de Letras por Augusto Meyer e Manuel Bandeira, que recita o poema Quintanares, de sua autoria, em homenagem ao colega gaúcho. No mesmo ano ganhou o Prêmio Fernando Chinaglia da União Brasileira de Escritores de melhor livro do ano. Em 1976, ao completar setenta anos, recebeu a medalha Negrinho do Pastoreio do governo do estado do Rio Grande do Sul. Em 1980 recebeu o prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da obra.



Deficiências

DEFICIÊNCIAS 

"Deficiente" 
é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino. 
"Louco"
 é quem não procura ser feliz com o que possui. 
"Cego" 
é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores. 
"Surdo"
 é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês. 
"Mudo"
 é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia. 
"Paralítico" 
é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda. 
"Diabético"
 é quem não consegue ser doce. 
"Anão"
 é quem não sabe deixar o amor crescer. E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois: 

"Miseráveis"
 são todos que não conseguem falar com Deus. 

Amar !

Amar!

Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente…
Amar! Amar! E não amar ninguém!

Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...

Florbela Espanca, «Charneca em Flor», in «Poesia Completa»


Virginia Woolf


Poesia às avessas


"O pior de tudo é que ela não tinha qualquer aptidão para a literatura. Detestava frases. Tinha, até, alguma natural antipatia por aquele processo de auto-exame, por aquele perpétuo esforço de entender os próprios sentimentos e expressá-los em palavras, de maneira bela, apropriada, vigorosa, coisa que constituía tão grande porção da existência de sua mãe. Ela, ao contrário, inclinava-se a calar; esquivava-se a expressar-se mesmo falando, quanto mais escrevendo. Como tal disposição era das mais convenientes numa família dada à manufatura de frases, e parecia indicar uma correspondente capacidade para a ação, ela fora, desde a infância, encarregada dos negócios da casa. Tinha a reputação, que nada em suas maneiras contradizia, de ser a mais prática das criaturas. Decidir os cardápios, dirigir os empregados, pagar as contas, conseguir que todos os relógios batessem à mesma hora e que as jarras estivessem sempre cheias de flores frescas eram tidos como predicados naturais dela. Mrs. Hilbery costuma dizer que isso também era poesia, só que às avessas."
 Virginia Woolf - Noite e Dia p.36 

Leitura da palavra... leitura do mundo


PAULO FREIRE.
   Em nossos muitos encontros, confrontamos nossas experiências no tocante à alfabetização. As lições que você tirou de suas pesquisas em inocência coincidem frequentemente com minha visão de pedagogo e lançam uma luz original sobre o que chamei de "leitura do mundo". Sempre repeti que é impossível conceber a alfabetização como leitura da palavra sem admitir que ela é necessariamente precedida de uma leitura do mundo. A aprendizagem da leitura e da escrita equivale a uma "releitura" do mundo. É preciso não esquecer essa evidência: as crianças pequenas, bem antes de desenharem e traçarem letras, aprendem a falar, a manipular a linguagem oral. Por intermédio da família, leem a realidade do mundo antes de poderem escrever. Em seguida, apenas escrevem o que já aprenderam a dizer.
   Qualquer processo de alfabetização deve integrar essa realidade histórica e social, utilizá-la metodicamente para incitar os alunos a exercerem, tão sistematicamente quanto possível, sua oralidade, que está infalivelmente ligada ao que chamo de "leitura do mundo". Essa primeira leitura do mundo leva a criança a exprimir, mediante signos e sons, o que ela aprendeu do universo que a cerca.
   A alfabetização exige que se tome essa realidade como ponto de partida. Deve, inclusive, articular- seco mela. Não se deve afastar dessa fonte por preço algum. Pelo contrário, precisa incessantemente voltar a ela, para permitir, graças ao acréscimo de meios de conhecimento proporcionados pela leitura e a escrita, um deciframento mais profundo, uma "releitura" do mundo tal como foi descoberto pela primeira vez. Dependendo da cultura considerada, essa aprendizagem estrutura-se em torno de dois polos de conhecimento: de um lado, o saber "espontâneo"; de outro, o saber "rigoroso", ou científico. Existe, aliás, em cada um de nós, um conflito entre os dois.
   A exigência do rigor jamais é límpida, jamais está livre da ideologia: restam sempre traços de ideologia, mesmo no rigor com que denunciamos nossa própria ideologia...

MARCIO D'OLNE CAMPOS.
   Há muito me interesso pelas relações entre os diferentes tipos de conhecimento: popular, tribal e científico. A propósito do que você chama de "releitura do mundo", o exemplo dos povos indígenas obrigou-me a rever radicalmente minha concepção do papel do educador.
   A inexistência de escrita não impediu que esses grupos humanos - para consignarem sua leitura do mundo, para exprimirem seu contato íntimo com seu meio e com o universo - criassem outros instrumentos de transcrição e transmissão do saber, como os adornos, os ritos, os mitos e uma prática intensa da oralidade. O estreito intercâmbio com o meio ambiente suscita uma primeira leitura, original, que precede -e aliás, permite - a criação de signos e símbolos. A "releitura do mundo" associa-se portanto a um conjunto significante, anterior ao simbolismo do próprio alfabeto. Esse é um ponto capital aplicável a quase todos os casos. Em nossa sociedade brasileira, por exemplo, com frequência se impõem às crianças, pela intimidação, signos arbitrários, não relacionados com sua experiência ou com a representação simbólica que dela fazem. O educador nem sempre está consciente de que existem outros símbolos além daqueles que deseja ensinar. Esse distanciamento é ainda mais marcante quando se trata de alunos provenientes de sociedades indígenas, cujos símbolos originais referem-se a mitos e ritos. Nessa presença no mundo, que é própria de cada um, vejo o ponto de partida obrigatório do processo educativo, a razão de ser da alfabetização. Não se pode pedir a uma criança que, enquanto aprende a ler e a escrever, permaneça isolada como numa redoma de vidro e somente depois comece a ler o mundo!